Maradona? Pelé? Não, é o Dudu...

Ceifa ceifa, ooops, mais uma cacetada no gajo...

Assistimos na passada semana a uma jogada, que a ser feita num qualquer Benfica-Porto, concerteza daria o hepíteto de herói a qualquer lucho que o fizesse.

O Dudu, quase de volta à sua melhor forma, apesar dos muitos anos de Whiskys e de noites mal dormidas, consegue tirar coelhos de uma cartola à muito tempo abandonada...

É certo que se podem dar desculpas do estilo: “ai não, estava o Dias na baliza, não conta”, ou “afinal de contas, foi contra o Xelxia, não é nada de mais contra uma equipa de amadores”, e ainda: “marca golos fantásticos, depois falha penalties e não passa a bola metade das vezes”.

Mas esquecendo os detractores, que os grandes futebolistas de todos os tempo sempre tiveram, como por exemplo:
- o Maradona, de quem se dizia que gostava de snifar coca, o que toda a gente sabe que é mentira, ou o
- Pelé, a quem acusavam de gostar mais de dinheiro que de futebol, o que se sabe que é mentira também, ele nem nunca jogou nos States, ou
- o Eusébio, que se dizia gostar muito das discotecas Africanas da altura, ou ainda
- o DiStéfano, de quem se acusa ainda hoje de não ser um grande patriota Argentino; todos os grandes heróis têm sempre quem os adopte como alvos preferidos de difamações, o que obviamente também acontece com o nosso Dudu.

Ora a jogada em causa, repleta de génio, e revelando um tecnicismo apenas ao alcance de alguns predestinados, começa no grande guardião Nuno Tiago, que num lance de grande esforço técnico, uma vez que é complicado efectuar passes compridos no pavilhão, sem que a bola bata na rede, consegue colocar a bola ao alcance do Eduardo, que, atenção, sem a deixar tocar no chão (a bola em todo o lance não toca do chão), faz com um unico toque, passar a bola por cima do adversário, num chapéu perfeito, após o que vai buscar a bola no outro lado, já virado para a baliza, e num toque de habilidade de novo, caindo para trás, num meio pontapé de moinho, mais colocado que forte, faz a bola entrar no canto superior esquerdo da baliza defendida pelo Xelxia.

Um golo magistral, com uma execução perfeita, num toque de loucura genial, a abrilhantar o nosso jogo.