Um cilindro chamado Minis

Ceifa ceifa, ooops, mais uma cacetada no gajo...

Um Cilindro passou por cima da equipa do Xelxia, no Domingo passado. O Cilindro chama-se Sport Lisboa e Minis e está com uma força demolidora. Tudo o que se atravessa no caminho vai à frente. E o Xelxia foi a vitima, pela segunda semana seguida, deste grande rolo compressor.

Não tendo acabado a época da melhor forma, o Minis conseguiu reorganizar-se em torno do espirito de grupo e de sacrificio, estando agora com muita vontade de obter sempre os melhores resultados.

Como tal em 2006 ainda não perdeu. Empatou os dois primeiros jogos, devido a alguns descuidos, mas nos dois jogos seguintes demoliu por completo a equipa do Xelxia, que ao contrário, ainda não ganhou este ano.
No jogo da semana passada, o Minis já tinha avisado, com uma vitória folgada por 11-5, que não estava para brincadeiras, o Xelxia não se acautelou e desta vez, o recorde de golos foi quebrado, com 19 golos a serem marcados pelo Minis, num unico jogo.

Nestes ultimos dois jogos, o Minis leva 30 golos no total, uma óptima média de 15 golos, contra a média medíocre do Xelxia de 4 golos e meio por jogo. Se esta tendência se mantiver por muito mais tempo, daqui a um mês é melhor arranjarmos outra equipa para jogarmos, porque isto de ganharem sempre os mesmos, perde a piada!

Fica aqui a observação, como sempre, muito parcial às individualidades do jogo, de alguém que afirma o que todos sabem ser uma realidade: O Minis é a melhor equipa do torneio, e o Queiroz o melhor jogador em campo!

Xelxia de são Brás (Febras tenras de cão de Caça):

Dias “Basaroco” – Nem defendeu, nem atacou, que é como se chama na giria, foi uma camisinha rota. Todos passaram por ele, ele não passou por ninguém. Cada passe para ele, era vê-lo a correr, qual basaroco, atrás da bola, em desespero, sem nunca lhe chegar em condições, ou sem sequer a alcançar. Péssimo a defender, inexistente a atacar. Nota:1
”Guns sem munições” – Triste, eu sei, pelo facto do Benfica ter perdido. Mas se estava triste para jogar, escusava de ter aparecido. Quer dizer, o que costuma normalmente fazer, não fez, que é rematar, tentar a sorte, ser feliz, não conseguiu, quase nunca rematou, nunca fez passes como deve ser, esteve sempre magistralmente coberto. Noite muito má para o Guns, num fim-de-semana para esquecer. Nota:1
Malcolm “Sentadinho” – Apesar de tudo, o mais inconformado de toda a equipa. Tentou inicialmente jogar em passes, rápidos, mas estava sempre desacompanhado em talento. Os 2x1 nunca resultaram, as desmarcações por detrás das costas da defesa nunca sortiram efeito e como tal, foi-se tornando ao longo do jogo, um pouco como todos os colegas de equipa, mais induvidualista, forçando, caindo em cima da defesa, com alguns resultados, que lhe valeram os golos que marcou, mas deixando-o estafado, impossibilitando-o de voltar à defesa. Nota:2
Jorge “aos papéis” – O Jorginho ia pá esquerda, as bolas iam para a direita. O Jorge fugia para a direita, as bolas iam para a esquerda. O Jorge corria para o ataque quando os Minis atacavam, e voltava para a defesa quando os Minis defendiam. Em muitas ocasiões, foi o sexto homem do Minis, com desmarcações e cortes infelizes para golo... dos Minis. Jorge, vai aprender a jogar Xadrez. Nota:1
Pedro “One Man Flop” – Costuma a ser dos melhores da equipa, o One Man Show, que passa por um em corrida, dribla o outro, finta o ultimo e quando está quase a perder a bola, depois de dar cacetadas nos ultimos três adversários, dá-lhe um ultimo toque, que com toda a caganeira do mundo entra na baliza. Ora este One Man Team, quando não faz nada, é um flop autêntico. Quando é bem coberto, só faz é oferecer bolas à defesa contrária. O Pedro neste ultimo jogo, foi um flop autêntico. Não passava a bola, não conseguia fintar, não fazia nenhuma diferença a não ser um jogador a menos para o Xelxia. Nota:0


Sport Lisboa e Minis (Raposinhos endiabrados):

Nuno Tiago “Super Keeper” – Super guarda-redes? Só se tivesse feito mais de 10 defesas, o que nem foi o caso. Fez umas 5 ou 6 defesas, todas de excelente nível, esteve sempre muito bem, e não teve culpas em nenhum dos golos do adversário. Cumpriu o que se lhe pede, mas foi um jogador entediado durante a maior parte do jogo, uma vez que o Xelxia só o chateou quando as estrelas do Minis começaram a brincar. Excelente. Nota:5
Gonçalo “The Wall” – O melhor jogo que já me lembro, de ver o Gonçalo fazer. Só não lhe dou nota 5, que ele merecia, sem duvida nenhuma, por causa dos despiques naturais de quem vive o jogo demasiado intensamente. Temos de admitir que é normal, num jogo de bola tocarmos e sermos tocados, e todos fazemos isso, não podemos ficar chateados nem pedir satisfações desse facto. Mais calma, por favor. Uma muralha autêntica a defender, nunca comprometeu, quase sempre óptimo a distribuir, embora possa ser mais rápido em certos lances, e perfeito quando se lhe pediu para subir e marcar. No Domingo, finalmente a sina de ir tudo ao poste, modificou-se! Nota:4
Pedro “Flyboy” – Consegue levar o Xelxia a empatar, mas quando ele joga pelos Minis, já sabemos que vai haver goleada na certa. Marcou seis, deu muitos a marcar, driblou, fintou, brincou em demasia em certas partes do jogo, foi um diabo à solta no campo da Falagueira. Em desmarcações lindas com o Queiroz e o Amado no ataque, com toques deliciosos com o Dudu, quase sempre a apoiar a defesa, porque chega o ponto em que não dá para tudo, numa só palavra, excelente. Nota:5
Dudu “The Special One”– No futsal não há homens de meio-campo. Mas por motivos contrários às regras mais básicas, o Dudu joga quase sempre no meio campo, quer seja a atacar, com passes preciosissimos, quer seja a defender, com marcações imediatas sobre o transportador da bola da equipa contrária. Peca por ainda não conseguir correr atrás dos atacantes, e por esforçar os colegas a defenderem melhor, por ele ser um pouco permissivo nas coberturas (razão principal de o Xelxia ter conseguido marcar tantos golos). Quando conseguir ser mais jogador de equipa na defesa, não há Maradona, nem há Pelés que valham a ninguém, Eduduardo Silva “is the special One”. Nota:4
Amado “Papa Kms” – A unica coisa que me falta ver deste homem, é um golo de rabo. Mas ainda faltam 20 e poucos jogos para ele o concretizar. Menos perdulário, mais eficiente nos remates, sempre disponível na defesa, é impossível dizer que o Papa-Kilómetros Amado não se esforça. Jogador de equipa, cada vez mais, precisa só de mais um toque táctico quando se passa do ataque para a defesa, porque de resto tem tudo. Estoirou, deu-me a sensação, para os ultimos 15 a 20 minutos, mas para quem faz o que ele faz por jogo, isso não chega para deixar de ter um Muito Bom. Nota:4
Ricardo “HellBreaker” Queiroz – Este homem sabe o que faz. Quando se decide a aproveitar um qualquer lance perdido pelo ataque contrário e vem embalado de trás, ninguém o pára. Perdeu os receios, vai a todos os lances, e sempre para os ganhar; vai a todos os remates, sempre para marcar; e não pára um minuto que seja. Só se cansou de correr, quando quase no fim do jogo, teve que participar em 6 contra-ataques seguidos do Minis, e ao mesmo tempo, defender 6 ataques do Xelxia. Depois de fazer 12 vezes o campo todo em sprint, teve de ganhar fôlego... por dois minutos; daí a pouco já estava de novo em todo o lado .Nota:5

Crónica Muito Parcial, da autoria de Kru-Murdaz.
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